quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ventilan Democratico



"Manuela Ferreira Leite acusou José Sócrates de ter interesse em alimentar uma crise institucional com Belém com o único objectivo de se vitimizar, porque já percebeu que vai perder as eleições. “Ele já percebeu que vai perder as eleições e está-se a armar em vítima. A situação do país está desastrada (...). E quando a pessoa está a pretender vitimizar-se [um dia] é a crise, agora é o Presidente da República, qualquer dia não sei o que será. A culpa nunca é do Governo, é sempre de outras entidades”, acusou a líder do PSD, hoje, na Grande Entrevista da RTP1.

A polémica que tem atravessado os últimos dias em torno das denúncias de membros da Casa Civil da Presidência da República de que estarão a ser vigiados pelo Governo ou pelo PS serviu, aliás, de lastro, para Ferreira Leite recuperar a teoria da “asfixia democrática” e lançar uma sucessão de violentos ataques aos socialistas. “As pessoas têm medo de se pronunciarem contra o Governo porque têm medo de retaliações”; “O sentimento e o clima que existe no país é de que as pessoas estão a ser controladas”; “Desde o 25 de Abril, só com este Governo é que existe a ideia de retaliação”, acusou, ilustrando com os exemplos de professores, mas também da lista de empresas a quem o Estado deve dinheiro. “Só apareceram três”, lamentou.

Prudentemente, a líder social-democrata recusou-se a tomar posição sobre se o Presidente da República devia ou não vir a público pôr um ponto final na polémica. Tão pouco caucionou as suspeitas dos homens do Presidente - “não sei se estão a ser vigiados” -, mas subliminarmente insinuou que pode haver razões nas denúncias. “Estamos num país em que o Procurador-Geral da República admite a hipótese de estar a ser escutado”, exemplificou. E considerou “muito preocupante” que dois deputados e dirigentes nacionais do PS vissem com maus olhos a eventual participação de colaboradores de Cavaco Silva nos debates das propostas eleitorais do PSD. “Não foi nada secreto, estamos em democracia”.


Na entrevista, Ferreira Leite manteve a contenção draconiana quanto às propostas eleitorais que o PSD vai apresentar no próximo dia 27, deixando cair duas ou três medidas concretas: repor o sistema dos certificados de aforro, pagar as dívidas às empresas e criar condições para que alguns impostos baixem. Quanto ao desemprego, estimou que já esteja na casa dos 10 por cento, mas recusou-se a “agir como o engenheiro Sócrates”, definindo metas que não são exequíveis”. O mesmo em relação ao crescimento da economia. “Aquilo que vou dizer que vou fazer, vou fazer mesmo”, vincou...



O país está asmático! É a nova conclusão da doutora Ferreira Leite que na sua grande entrevista diagnosticou a gripe A democrática autêntica era do Terror. Os portugueses estão com medo, e não aquele medo do ladrão da esquina mas sim do patrão militante PS, bicho papão escondido debaixo da secretaria preparado para despedir qualquer português com antisocratismo primário. Deixamos então a crise económica, a insegurança e a precariedade para o verdadeiro terror português: E se o Magalhães for afinal um aparelho de vigilância?!
Longe de querer criticar a entrevista, sinto me aliviado de qualquer responsabilidade de apreciações do programa do PSD sendo que ele ainda não existe. Sempre achei estranho entrevistar-se um político sem esse não ter ainda programa para apresentar. Ficamos todos então a ver uma entrevista com medidas isoladas apresentadas como quem apresenta um trailer ou as primeiras imagens do filme. Como tal, não julgando um filme pelo seu trailer, não julgarei a intervenção da Senhora candidata.

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