"O túmulo localizado logo acima do de Marilyn Monroe foi colocado à venda esta sexta-feira, dia 15, por 355 mil euros no site de leilões Ebay, noticia a BBC News.
A viúva do empresário Richard Poncher, falecido há 23 anos, decidiu colocar à venda o túmulo do marido, que se encontra no cemitério de Westwood Village Memorial Park, em Los Angeles. Para justificar a sua atitude, Elsie Poncher diz apenas que precisa de dinheiro para conseguir manter uma casa em Beverly Hills, segundo noticia o jornal «Los Angeles Times».
«Esta é uma oportunidade única de poder passar a eternidade mesmo acima de Marilyn Monroe», promete o anúncio lançado pela viúva na Internet.
Já em 1992 havia sido comprado pelo fundador da revista «Playboy», Hugh Hefner, um túmulo próximo da diva do cinema, que faleceu em 1962, com apenas 36 anos."
Diario IOL
Não querendo questionar a decisão da viúva pois conheço bem as tradições e ética da freguesia do monte Beverly. Aprecio particularmente o lema promocional do produto: “uma oportunidade única de poder passar a eternidade mesmo acima de Marilyn Monroe”. Toda a gente conhece as crenças associadas à morte, entre os espirituais que acreditam em paraísos e reincarnações e os ateístas, é costumo considerar-se o cadáver um receptáculo desertado ou vazio pela entidade valiosa do individuo. Porem, alguns leitores podem ainda não estar familiarizados com a fé da “vida eterna no caixão” onde o ser humano passa a eternidade numa posição horizontal sem mexer o dedo naquilo que se asemelha a um apartamento médio japonês, e que se mantém apesar da imobilidade, consciente o suficiente para poder comunicar com os seus vizinhos do lado. É essa classe que terá imenso prazer em participar no leilão (talvez até ao suicídio depois da venda), sendo que afinal de contas uma eternidade ao lado da Marilyn é sem dúvida o suficiente como para conseguir uma queca passado milhões de anos de assédio, naquilo que no monte Beverly chamamos de pitty sex.
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